Publicado em 14/08/2009 07:20

A realidade sobre a Influenza A (H1N1) em Goiás

O TUDOIN realizou um levantamento junto aos principais órgãos de saúde do estado de Goiás e do Brasil e traz informações da realidade sobre a nova gripe (H1N1) em nosso estado e bem como em Inhumas. As informações são referentes aos dados da semana epidemiológica 30 - com encerramento em 01 de agosto de 2009

Na atual fase da pandemia, tanto a OMS quanto os outros países com transmissão sustentada interromperam a investigação e notificação de casos leves suspeitos por Influenza A(H1N1), pois não esta mais recomendada a identificação individual de cada caso suspeito de influenza pelo novo vírus. No entanto, é importante o monitoramento de informações sobre os grupos de risco para desenvolvimento de doença grave, assim como o monitoramento da circulação do vírus no país visando entre outros motivos a identificação de eventual mutação.
 
Diante deste novo cenário foram realizadas mudanças nas condutas de identificação, investigação e manejo de casos de síndrome gripal, uma vez que qualquer pessoa que apresente sintomas de gripe passa a ser considerada caso suspeito de influenza sazonal e de influenza A (H1N1). Considerando que, na grande maioria dos casos, esta nova gripe apresenta manifestação clínica com sintomas leves, de forma semelhante ao que ocorre com a gripe sazonal, e que nesta época do ano já é esperado o aumento no número de casos de síndrome gripal, o Ministério da Saúde alterou o “Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da Influenza”, disponível em  www.saude.gov.br/svs.
 
O Ministério da Saúde prioriza entre os casos de síndrome gripal a notificação, a investigação, o diagnóstico laboratorial e o tratamento dos casos com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e aquelas pessoas que apresentam fatores de risco para a complicação pela doença, como: menores de 2 e maiores de 60 anos de idade, gestantes, portadores de doenças crônicas, imunodeprimidos, entre outros.
 
Para realizar este monitoramento, o SUS conta com várias fontes de informações, como o Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan), Sistema de Vigilância Sentinela (Sivep Gripe), Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e Sistema de Informações de Mortalidade (SIM). Estes sistemas em conjunto permitem estabelecer o cenário de circulação do vírus e de doenças respiratórias relacionadas.

 
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INFLUENZA NO SISTEMA DE INFORMAÇÕES ATÉ SEMANA EPIDEMIOLÓGICA 30/2009
 
A análise do perfil epidemiológico é realizada sobre as informações que constam no Sinan, por semana epidemiológica (SE). Seguem abaixo as informações registradas no Sinan pelas Secretarias de Saúde dos Estados e Municípios, até a semana epidemiológica 30 que encerrou em 01 de agosto de 2009. O Ministério da Saúde utilizou as informações como constam no sistema. Caso seja constatada eventual divergência nos quantitativos apresentados neste informe, os mesmos serão atualizados na próxima edição caso a informação discordante seja corrigida diretamente no Sinan pelos Municípios ou Estados responsáveis pela informação.
 
Até SE 30, foram registrados 17.277 casos suspeitos de influenza no Sinan, sendo 17,1% (2.959) confirmados para Influenza A (H1N1). Os casos confirmados de influenza A(H1N1) representam 67,5% do total de casos confirmados por influenza.
 
Foram notificados casos de síndrome gripal em 1.049 (19%) municípios do Brasil. As áreas com maior número de notificações estão concentradas nas regiões sul e sudeste. Considerando os casos confirmados, observa-se o mesmo padrão de distribuição na região sul e sudeste, corroborando com a ocorrência esperada de casos de síndrome gripal para essa estação do ano.
 
Segundo o novo protocolo de vigilância de influenza, são considerados casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) aquelas pessoas que apresentarem febre, tosse e dispnéia, acompanhada ou não de outros sinais ou sintomas, além da inclusão de todos os casos que evoluíram para óbito.
 
Segundo a definição de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), foram identificados 6.314 casos que se enquadram nesta definição, correspondendo a 36,5% do total de casos de síndrome gripal. A proporção de casos de Influenza A (H1N1) com síndrome respiratória aguda grave foi de 28,5%. Na análise dos casos confirmados de SRAG com Influenza A (H1N1) do Sinan evidencia-se que o sexo feminino representa 55,6% do total de casos.
 
Dentre os 4424 resultados positivos para influenza até a SE 30, 22616 (59,1%) foram positivos para o novo vírus influenza A (H1N1), 1417 (32%) A/sazonal, 20 (0,5%) B/sazonal e 371 (8,4%) outro agente.
 

MAIORES INFORMAÇÕES

Disque Saúde: 0800-61-1997
Portal da Influenza

Sites:
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
ANVISA
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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