Estímulo à leitura por meio de quadrinhos

As portas da biblioteca da Universidade Estadual de Goiás em Inhumas (UEG-Inhumas) estiveram abertas entre os dias 5 e 12 de novembro para visitantes.

As portas da biblioteca da Universidade Estadual de Goiás em Inhumas (UEG-Inhumas) estiveram abertas entre os dias 5 e 12 de novembro para visitantes da primeira exposição de quadrinhos e educação. Organizada pelo professor Guido de Oliveira Carvalho, contou com históricas jornalísticas, infantis, sobre super-heróis. As publicações encontravam-se sobre aproximadamente as dez mesas do local e fixadas nas paredes.

Vestido com calça bege claro, blusa social laranja e com óculos de grau no rosto, Carvalho estava à porta do hotel São Luiz. Natural de Itapuranga, município do estado de Goiás, mostrou-se bastante receptivo no momento da entrevista. “Como sempre gostei de quadrinhos, resolvi inseri-los nas aulas de inglês que ministrava na minha cidade. Quando vim para cá, há cinco anos, descobri que havia campo de pesquisa para o tema”, narra. Tomou conhecimento por meio de conversas com amigos e professores de que há colecionadores e interessados no tema na cidade em que mora.  Ano passado, orientou estágio da aluna de letras  Penélopy Muniz com uso dos quadrinhos, o que a levou a decidir fazer a monografia de fim de curso baseada nas histórias em quadrinhos no ensino de língua inglesa, uma pesquisa aplicada com participação de professores e alunos do ensino médio de Inhumas.

Guido de Oliveira Carvalho, que coleciona quadrinhos há vinte anos, acredita no poder educacional dos quadrinhos.

A aluna citada anteriormente tem o cabelo preto, mede aproximadamente um metro e sessenta centímetros, é meiga e possui o sotaque que enfatiza o r das palavras. Inicialmente, no entanto, mostrou-se tímida. “O tema do meu trabalho de conclusão de curso são as HQs (histórias em quadrinhos), e Guido me convidou para participar da palestra de abertura”, conta. No dia 5 de novembro, na biblioteca da UEG-Inhumas, a moça falou sobre a história dos quadrinhos, a linguagem utilizada e os personagens do gênero.

Penelopy Muniz Martins na reta final de preparação de sua monografia sobre quadrinhos.

Carvalho não escondeu, entretanto, a frustração ao ser questionado sobre o objetivo da exposição. “Devo confessar que poucas pessoas vieram prestigiar o evento. Pretendo melhorar na próxima edição”, afirma. Diz que pretende diminuir os dias da exposição e agendar visitas com grupos de alunos e professores. Além disso, planeja visitar escolas com uma exposição itinerante. Acrescenta ainda que fará o evento no primeiro semestre do ano que vem. Dentre o público de cem a 150 pessoas que compareceram à exposição, esteve Lília Martins, 21 anos, aluna do terceiro ano de letras. É morena, tem o cabelo liso, os olhos castanhos, é extrovertida e gosta de falar. Admitiu que foi influenciada pelo evento e decidiu enfocar os super-heróis no trabalho monográfico que fará próximo ano. “Li vários gibis, entre eles alguns da Turma da Mônica. Contudo, os de super-heróis envolvem e são fascinantes." Lançamento Uma das paredes brancas da gibiteca (biblioteca organizada com gibis) da UEG-Inhumas recebeu um quadrinho feito especialmente para a exposição. Chama-se O Templo do Rei, de autoria de Roger Alves, 19 anos, estudante do primeiro ano de letras. O rapaz de olhos claros, cabelos castanhos, altura por volta de um metro e setenta, vestido com blusa xadrez e calça pretab, narrou o assunto da história: homens da terra do sol nascente que atendem ao chamado do sino negro.

Roger Magalhães, autor do O Templo do Rei, quadrinho em exposição.

A pedido de Carvalho, Alves fez a arte para o evento, com­ modelo semelhante ao dos mangás japoneses(histórias em quadrinhos feitas no estilo japonês, originárias do teatro das sombras da época feudal, que percorriam vilarejos e contavam histórias por meio de fantoches). Ao ser entrevistado, Alves fala que a fonte de inspiração foi a música Temple of the King, do grupo Rainbow. Um dia no ano da raposa/Chegou um momento muito bem lembrado/Quando o jovem e forte homem do sol nascente/Ouviu o repique do grande sino negro são alguns dos versos da canção.

por Celina GuerraFotos por Laila Barbosa

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