Luxação Congênita do Quadril

A Luxação Congênita do Quadril (LCQ) e a Displasia Congênita do Quadril são englobadas atualmente com o nome de Dispasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ). São patologias altamente incapacitadas. Levando a uma marcha desgraciosa, chamada marcha anserina ("marcha de pato") e a um retardo do início da deambulação, quando não diagnosticadas nos primeiros dias de vida. Na sala de parto, quando presente o pediatra, este faz um exame do recém-nascido e, quando diagnostica  ou suspeita de que há uma destas patologias, o encaminha ao ortopedista para tratamento.

Caso isto não ocorra, em não havendo pediatra, a criança deve ser examinada pelo ortopedista, de preferência nas primeiras semanas após nascer, pois estas patologias são mais fáceis de serem curadas quando diagnosticadas nos primeiros dias de vida, quando o tratamento conservador obtém um alto percentual de cura. Se descoberta mais tardiamente, às vezes só a cirurgia irá corrigir tais deformidades, com riscos de, nem mesmo ela, devolver a normalidade a estas articulações, que poderão desenvolver artrose futuramente.

A freqüência de LCQ entre os italianos e seus descendentes é muito grande, mesmo após varias gerações de miscigenação, devendo estas crianças serem examinadas com especial atenção e cuidado. Sabe-se que nos nossos índios, a incidência de LCQ é praticamente nula, provavelmente pela maneira como as índias carregam seus filhos às costas.

Não é demais insistir neste ponto, que o exame dos quadris do recém-nascido, poderá detectar precocemente esta patologia que, se não tratada no início, poderá trazer sérias conseqüências futuras para o adulto.

Sebastião Amilton PinheiroOrtopedista