O perigo do uso indevido de medicamentos

Comprar remédios sem a indicação de um médico ou tomar uma dosagem maior do que o recomendado pode causar vários efeitos colaterais.

Na literatura médica consta que, com uma dor de cabeça muito forte, um paciente ingeriu um remédio vendido sem receita médica que imaginava conter aspirina, o Magnopyrol. Mas, se ele tivesse lido o rótulo com atenção, teria visto uma advertência em letras pequenas dizendo que o medicamento continha dipirona, substância ativa à qual ele era alérgico.

Felizmente, experiências graves como essa decorrente da ingestão de medicamentos legalmente vendidos sem receita médica não são frequentes. Mas o erro do homem - não se informar sobre o remédio comprado - é muito comum. Uma pesquisa recente sobre o consumo de medicamentos em Fortaleza, realizada pelo professor Paulo Arraes, do Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos de Farmácia da Universidade Federal do Ceará, descobriu que cerca de 80% dos entrevistados, compravam remédios sem procurar saber os riscos ou efeitos colaterais que eles poderiam causar.

Os perigos podem ser consideráveis. Os remédios comprados para alergia, dor de cabeça, enjôo e outros transtornos são drogas. E devem ser usados com responsabilidade. Quem toma medicamentos que exigem receita médica deve consultar o clínico antes de ingerir qualquer outra substância.

Os consumidores que não fazem isso, ou que ignoram advertências no rótulo ou na bula antes de tomar um dos mais de 1.800 remédios hoje vendidos sem receita médica no mercado, estão se arriscando. Eis alguns riscos:

OVERDOSE

É comum o consumidor acreditar que a melhora é mais rápida quando ele toma uma dose maior do remédio. Mas isso é completamente errado, diz as instruções.

INTERAÇÃO

As autoridades médicas pedem a todo consumidor de medicamentos vendidos apenas com receita, principalmente a quem tem doença crônica, que consulte seu médico de confiança antes de tomar qualquer remédio vendido sem receita.

Notícia publicada no Jornal O Goianão ano 33, n. 481 página 5.

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