De janeiro a abril, Goiás acumula 32.469 novas vagas formais, saldo inferior apenas ao de São Paulo

Goiás criou 32.469 empregos com carteira assinada nos quatro primeiros meses deste ano, o segundo maior saldo acumulado do País, atrás apenas de São Paulo (67.482). O bom desempenho foi puxado por setores como indústria da transformação.

O Estado alcançou boa posição também em relação aos dados de abril do Caged, ficando em terceiro lugar na criação de vagas formais.

Foram registradas 53.816 admissões e 39.073 demissões, o que resultou em um saldo positivo de 14.662, superado somente por São Paulo (72.022) e Minas Gerais (15.602).

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados ontem.

O bom desempenho do emprego formal em Goiás no mês passado também foi influenciado pelos setores de indústria da transformação, prestação de serviços, construção civil e agricultura. Foi o melhor desempenho do Centro-Oeste. Goiás respondeu por 75,5% do total de postos de trabalho criados na região no período, que foi de 19.402.

O saldo registrado em abril foi ligeiramente menor (-0,54%) na comparação com o mesmo mês do ano anterior (14.473), período anterior à crise financeira mundial, quando a economia ainda apresentava crescimento. O acumulado do ano também foi 43,24% inferior ao do primeiro quadrimestre de 2008, que totalizou 46.509 vagas.

Indústria

De acordo com o Cageg, em abril a indústria da transformação foi a atividade que mais gerou empregos formais no Estado: 9.225. O melhor desempenho foi verificado na indústria de alimentos e bebidas, que apresentou saldo de 9.585 vagas.

A telefonista Ludmila Taynara Campos Ferreira foi contratada pela indústria de sorvetes Creme Mel em abril. Este é o seu segundo emprego de carteira assinada. Antes ela trabalhou na Celg na condição de jovem aprendiz. “Estou feliz. Meu plano é continuar na empresa, até mudar de cargo e crescer na carreira profissional”, diz.

O auxiliar de carregamento Antônio Manhas Gimenes foi admitido na mesma indústria para atuar na área de logística. Ele conta que ficou cerca de nove meses procurando uma colocação no mercado de trabalho, até ser admitido. “Agora estou batalhando”, ressalta ele.

De acordo com o coordenador técnico da Federação das Indústrias (Fieg), Welington da Silva Vieira, o bom resultado do emprego da indústria da transformação em abril é influenciado pelas safras de grãos e de cana-de-açúcar. “O perfil da indústria goiana, baseado na agroindústria, contribuiu para que o setor sentisse menos os efeitos da crise financeira mundial”,afirma.