José Epitácio Teixeira
Hoje me veio a recordação, que ora compartilho com vocês leitores desse veículo de comunicação e naturalmente.
Hoje me veio a recordação, que ora compartilho com vocês leitores desse veículo de comunicação e naturalmente de notícias do meu amigo senhor Sáder Calil, mestre com êxito, afinal O Goianão é presente na Região do Vale do Meia Ponte, e não é por acaso. A recordação a que me refiro é a de um jovem, em pleno apogeu de seus 40 anos, simples e ao mesmo tempo com a sofisticação de um Lord, ainda que nascido em Goiás, digo: José Epitácio Teixeira de Medeiros, o filho do Antônio Medeiros e da Vani, meu amigo o Tacinho.
O último encontro foi em data festiva, quando da inauguração da indústria Agrolan dos "meninos"do Luiz Antônio e Lindalva do Nascimento. Vivíamos os últimos dias que antecipavam as eleições municipais em todo o país, e claro cheios de esperanças de dias melhores, que realmente vieram.O Epitácio era de longe a pessoa mais confiável que eu já conheci, sempre com um sorriso aberto e franco. Recordo-me, de um de nossos encontros no final dos anos 80, em meio uma crise de falta de combustível, feriado de Carnaval em Goiânia, numa tarde em uma fila imensa no posto de gasolina, próximo à Praça Tamandaré. Há época, eu, participava como membro da 1ª Igreja Batista de Inhumas, e era comum passarmos o carnaval em intercâmbio com jovens de denominações próximas às nossas.
Naquele ano, combinei de me encontrar com o moço, que estava por assim dizer, namorando nas imediações da 1ª Igraja Batista de Goiânia. O namoro era escondido, aquela estória, muito nova para namorar, mas o certo é que o coração não conhece essa medida cronológica imposta por nossos pais, nos anos 80 e em qualquer tempo. O amor tinha nome próprio Alessandro Miguel, e estávamos encantados um com o outro, e como fazem os apaixonados em seus encontros entre um suspiro e outro... Quando então fomos interrompidos de nosso longo abraço, pelo Epitácio, que disse, ah! Peguei o casalzinho! Peguei, aposto que o pai dela nem imagina? Eu, quase tendo um troço, pedi-lhe, por favor, não conta para ele, promete.
Ele então sorrindo passou a mão na minha cabeça e disse: esse é o nosso segredo, e olhando firme para o Alessandro, disse: rapaz, estou de olho em você! Anos depois, rimos muito desse episódio.
Buscando na parede da memória, percebo-o, em vários momentos importantes da minha vida, sempre com seu pai o Antônio Medeiros; pude ter o privilégio de sua presença amiga na solenidade de formatura, de lançamento do livro Vernissage na Galeria da Alma, de posse na Academia de Letras e quando do falecimento de minha mãe em 1985, dona Geralda de Oliveira Silva, e ao final o de meu pai, senhor Geraldo Ramos Silva, em julho de 1999. Ele chegou pegou minha mão e disse: "Eu estou aqui". As suas palavras eram como quem dizia: conte comigo. Agora que este amigo cúmplice partiu, fora do combinado, percebo o quanto ele era mesmo especial, por certo, um cavaleiro de um reino distante, que esteve presente em nossas vidas. Certamente, para mostrar nos o valor dos momentos que temos, para estarmos uns com os outros, afinal, cada minuto de nossas vidas é um presente dos céus e não se repete, para nenhum de nós.
Ivone O. Silva
Alcai/IHGI/CMF
COMENTÁRIOS
Comentar usando as redes sociais
Caixa de comentários TUDOIN