OVG anuncia 9 mil bolsas universitárias
Prazo para inscrições será de 16 a 28 de junho e benefícios serão concedidos a estudantes em agosto e dezembro

Prazo para inscrições será de 16 a 28 de junho e benefícios serão concedidos a estudantes em agosto e dezembro
O programa Bolsa Universitária beneficiará 9 mil estudantes este ano. A informação é da Presidente da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), Raquel Rodrigues, que anunciou, ontem, a abertura de inscrições ao programa. “Damos hoje um passo importante. Em agosto serão concedidas quatro mil bolsas e em dezembro, cinco mil bolsas”, afirmou Raquel.
A presidente da OVG informou que em 2008 foram beneficiados 8 mil estudantes. Raquel Rodrigues disse que a história do programa Bolsa Universitária é escrita com as tintas da esperança e da fé. “Goiás reconhece a importância e o bem enorme que o programa faz ao Estado. É uma ferramenta que faz a diferença. Dá dignidade e cidadania e quem ganha é a sociedade.”
O governador Alcides Rodrigues classificou o Bolsa Universitária, ideia que desenvolveu quando prefeito de Santa Helena e levou para o governo do Estado, como extraordinário. “Dá formação e qualificação. Dá cidadania e emprego.”
O período de inscrições ao Bolsa Universitária da OVG será de 16 a 28 de junho. O formulário estará disponível no www.ovg.org.br até as 23 horas do dia 28 de junho. A ficha deve ser preenchida, impressa e protocolada, anexa a todos os documentos exigidos para efetivação da inscrição. Em Goiânia, os estudantes devem procurar a sede da Organização das Voluntárias de Goiás, na Rua T-14, Setor Bueno. Nas outras cidades, o documento será protocolado nas subsecretarias regionais de Educação. Alunos inscritos em 2008, que não foram beneficiados, não precisam fazer novas inscrições. A OVG disponibiliza o 0800-62-9413 para informações aos universitários.
Aqueles que solicitarem a bolsa em junho serão contemplados em dezembro. A presidente da OVG explica que seis meses é o tempo que os técnicos do programa precisam para fazer as visitas domiciliares que comprovarão se os candidatos se enquadram no perfil exigido.
O Bolsa Universitária foi criado em 1999. A parceria do governo estadual com a OVG já contemplou mais de 75 mil estudantes, com investimentos de mais de R$ 270 milhões. São 59 instituições de ensino superior conveniadas com a organização. Para permanecer com o benefício, o bolsista não pode ser reprovado e precisa realizar a contrapartida com serviços voluntários. O valor da bolsa é de R$ 200. O dinheiro é repassado diretamente às instituições de ensino superior. O programa não cobre matrícula nem débitos anteriores do estudante.
Podem se inscrever brasileiros natos ou naturalizados, residentes em Goiás; matriculados regularmente em cursos universitários (apenas para a primeira graduação), que tenham dificuldades financeiras para a sua formação acadêmica. Os critérios de seleção para o programa levam em conta a renda familiar; número de pessoas na residência do requerente; despesas fixas da família; doença grave no grupo familiar, tipo de moradia e existências de filhos menores.
Luiz Otávio do Nascimento, coordenador da OVG, diz que a obrigatoriedade do estudante de participar de trabalhos voluntários faz do Bolsa Universitária um programa consistente. “Os meninos cumprem uma contrapartida na área onde vão atuar. O bolsista é muito dedicado. Nesse contato com o mundo do trabalho muitas vocações verdadeiras se revelam.”
sucesso
Beneficiários dizem que não teriam acesso ao ensino superior sem o Bolsa. Josiane de Souza Felix, estudante de Direito, diz que já se considera uma vencedora. “O Bolsa Universitária gera oportunidade para todos. O curso superior parecia uma utopia, um sonho impossível. Ele abre a chance para nós de lutar por uma vida melhor”, comemora.
Cristiano de Sousa, 22, estudante de Design Gráfico, atribui ao Bolsa Universitária sua formação. “Vim de Posse. Sem esse auxílio, não terminaria meu curso.” Cristiano diz que os R$ 200 do programa Bolsa Universitária fazem muita diferença para os estudantes que saem de casa para fazer um curso superior. “O que eu quero na vida é trabalhar como design gráfico. Esse é um sonho que eu não realizaria em minha cidade.”
VISIBILIDADE
O estudante de Administração Francisco de Assis Silva Júnior, 29, se forma este ano. Já fez estágios na área e está confiante. “O bolsista presta serviços comunitários e passa por empresas e instituições que lhe garantem grande visibilidade.”
Reitores consideram parceria como positiva para estudantes
O reitor da Universidade Católica de Goiás (UCG), Wolmir Amado, diz que o programa Bolsa Universitária representa uma grande esperança para estudantes carentes da instituição. “São milhares que se formaram pela UCG que não estudariam sem o programa.” Ele afirma que os R$ 200 representam muito para as famílias de baixa renda que têm a alegria de ver o filho ser aprovado em um vestibular e depois encontram dificuldades para mantê-lo no curso. Wolmir Amado avalia o Bolsa Universitária como uma iniciativa original. “Só Goiás tem um programa com esse perfil. Deveria servir de modelo para outros Estados. Acompanho de perto. Sei o que significa para os estudantes.”
Para o presidente da Associação das Mantenedoras de Ensino Superior de Goiás (Amesg), Jorge de Jesus Bernardo, o Bolsa Universitária é responsável pela permanência dos estudantes nos cursos que escolheram. “Significa muito para o Estado de Goiás. É um programa ímpar no Brasil. Nós temos que resolver três problemas: o ingresso na universidade, a qualidade do ensino e a permanência. O Bolsa Universitária fixa o aluno e o bolsista se destaca pela dedicação.”
Jorge Bernardo lembrou que o governo estadual teve que reduzir o número de benefícios e parcelar os débitos atrasados com faculdades, mas o período de adaptação está superado.
O reitor da Uni-Evangélica, Carlos Hassel Mendes da Silva, diz que o impacto social do Bolsa Universitária é muito grande. “Temos 300 bolsistas. Para os que têm dificuldade financeira, é grande instrumento de inclusão no ensino superior. É uma ajuda substancial. Muitos não estariam na universidade sem esse apoio”, conta.
Deusvolmi Silveira Rabelo, diretor da Faculdade Brasileira de Educação e Cultura, afirma que os 104 bolsistas da instituição são exemplos de dedicação. “São trabalhadores do comércio. Jovens que se mantêm e ajudam as famílias. O Bolsa Universitária representa a possibilidade de formação superior que abre novas perspectivas de trabalho”, completa.
Fonte: DM
COMENTÁRIOS
Comentar usando as redes sociais
Caixa de comentários TUDOIN