Prazer de cada momento
Todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorrem quando você está escalando-a
“Todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorrem quando você está escalando-a” (William Shakespeare)
Olhamos para trás em nossas vidas e vemos caminhadas e caminhadas, escaladas e mais escaladas... e ainda não sentimos que chegamos a nossa tão sonhada montanha, esperada e ansiada pelos nossos nobres ideais.
Enquanto escalamos nossa montanha, com prazer ou desprazer, com alegria ou angústia, sempre esperamos alcançar nosso objetivo. Mas, será que isso basta? Será que chegar ao topo, ao nosso ideal, isso trará a realização plena de nosso ser? Às vezes, nos preocupamos tanto com nosso objetivo, que deixamos a vida passar, com oportunidades de aprendizado e vivência; como por exemplo: um “eu te amo” não dito ou mesmo um palavrão, um abraço esquecido, uma lágrima que não foi derramada sobre a carta de amor, um ciúme contido, um livro não lido, etc... Descobrimos na frase de Nietzsche, “Existe no mundo só um caminho onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes: segue-o”, a certeza que o prazer está no viver e sentir de cada dia vivido.
O estudo da psicologia é muito abrangente, vasto em seus diversos jeitos de procurar entender o ser em si e com a sociedade, e melhorar a convivência de nos seres pensantes cheios de emoções e sentimentos.
Como estudioso dos sentimentos humanos, tenho como objetivo acelerar os processos espontâneos de cura que estão disponíveis no interior de cada indivíduo. Acelerar é claro, sem ultrapassar os limites de cada ser, de cada vivência, de cada maturidade. Como diz Fernando Pessoa, quero navegar descobrir tesouros na essência de cada ser, mas nunca tirá-los do fundo do mar. Deixar que cada um possa se descobrir dia-a-dia, ajudá-lo a se descobrir e perceber que a essência de ser ele mesmo é que o faz forte, capaz de vencer, ultrapassar cada crise, cada sufoco que a vida traz. Sentir e fazer razão a uma das frases mais marcantes da poesia portuguesa: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.
O ser humano que sou, mostra-me insaciável, com fome e sede de conhecimentos e informações, a fim de acrescentar não só a mim, mas ao outro, a capacidade, a leveza de passar por invernos e verões das nossas vidas cada vez melhor.
Como Psicólogo procuro na medida do possível permanecer na experiência do outro e captar o significado que ela reflete, sem contaminar com as minhas idéias, valores e crenças, etc... Deixar o cliente capturar, ver, desnudar-se a si mesmo e perceber que simples gestos e atitudes podem dar um outro rumo a sua estória; que na verdade somos nós mesmos que escrevemos nossas vidas; e quando não estamos nos encontrando, fomos perdidos ou na verdade nunca nos achamos, podemos reescrever nossos rumos e fazer da vida uma vida melhor. Com mais prazer, com mais alegria, com mais satisfação em viver. Como diz Augusto Cury: “Ser feliz é uma conquista e não uma obra do acaso”. E que a conquista não é irreal, mas é mais real que possamos imaginar.
Qual das escolhas na vida é melhor? “Ser ou não ser?” Ser eu, ser eu mesmo, ou ser o outro? Diante de toda minha vivência e consciência do meu mundo interior e exterior, descobri e escolhi ser eu, tendo uma parte de mim mesmo e dos outros, respeitando a mim e aos limites alheios.
Carlos Alberto de Freitas
Psicólogo Clínico – Universidade Católica de Goiás
Colaboração:
Munique Sibelly Pires Pinto
Cursando – Ciência da Computação
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