Existem várias máximas na política, cada qual, mais esdrúxula do que a outra, claro, na minha visão, mas que, porém infelizmente verdadeiras. Quando em casa assisto um telejornal, analiso algumas pérolas, e vejo que, em política feio mesmo é perder, esta afirmativa repetida por todos os quadrantes do país, quer dizer que, para ganhar não interessa os meios, mas sim a vitória. Vale trapacear, comprar votos, só não vale perder a eleição. Tudo bem que, pra todo ser humano a vitória é o topo, mas em se tratando de sociedade, muda tudo.

Esse é o primeiro exemplo de um caminho chamado Renan Calheiros. Mas o que me deixa triste em ver, assistir todos esses problemas envolvendo nosso senado, nossa câmara e enxergar tudo aquilo, como um ninho de cobras. Ninguém é amigo de ninguém, talvez simples companheiros de partido, onde a influência é a rotina de um dia no poder. Quando exercemos o voto, não por ser obrigatório mais talvez por acreditarmos de, que, ainda exista, esperança de mudança, nos surpreendemos mandatos após mandatos, ao ligar a TV e perceber que milhões e milhões estão sendo desviados aos olhos de todos nos.

Sem poder fazer algo, acredito que a sociedade acaba se tornando desacreditada. Como um religioso, que passasse a vida inteira pregando e vivendo segundo os evangelhos, depois de morto, percebesse que o céu não existia. Ele teria um sentimento de tempo perdido. E o nosso presidente, onde entra nessa história toda? Mesmo com pouca idade, aos 14 anos quando Lula foi eleito, em seu primeiro mandato, com o pouco que havia vivenciado, eu pensava que, com a eleição do Lula, corrupção era coisa do passado, pois era um presidente diferente.

Por não ter um diploma debaixo do braço, o mandato da estrela vermelha seria o inesperado. Não sou ingênua para acreditar que a corrupção foi inventada agora, como querem fazer crer os adversários do presidente, mas o inesperado aconteceu, e a surpresa foi bem maior. Acredito que o que mudou, foram as apurações, que hoje são mais eficientes, talvez a Polícia Federal esteja mais livre e a imprensa implacável, e o povo mais vigilante, mas acreditar nessa hipótese ainda é um sonho.
     Seria essencial que todos agissem diferentemente perante o dinheiro. O dinheiro existe para isto, proporcionar o prazer. Não pode ser ele, no entanto a felicidade em si, uma vida com qualidade, exige dinheiro, mas dentro do necessário, o que passar disto, é desperdício. É ganância. É preocupação vã. O que era para gerar conforto acaba proporcionando para nos e para eles que estão no poder, preocupação.