Tipos de dor
Dor somática, visceral e neuropática. Tem dor que a gente sente e nem sabe que é dor

Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor, “a dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a dano tecidual real ou potencial”. É considerada a queixa mais freqüente dos pacientes e a principal razão para a busca de auxílio médico.
Pode ser classificada em: Dor Somática, que surge a partir da ativação dos receptores periféricos, sendo de fácil localização e descrição (exemplo: um ferimento); Dor Visceral, resultante da ativação de receptores nociceptivos viscerais, sendo de localização e descrição mais difícil; e Dor Neuropática.
Se você sente dor ou queimação, ou sensações como choques, pontadas, agulhadas, ferroadas, cãibras, formigamento, ou ainda o simples contato da pele com a roupa (meias e lenções) o incomoda, você pode ter dor neuropática. Há casos em que até a brisa em contato com a pele, pode causar sensação extremamente desagradável e dolorosa.
A dor neuropática é uma forma de dor crônica, de intensidade moderada a forte, que surge em decorrência de alterações dos nervos, plexos nervosos ou do Sistema Nervoso Central. É como se os nervos estivessem em curto-circuito. É por isso que muitas pessoas com dor neuropática não conseguem localizar onde ocorre a dor. Esta dor causa grande sofrimento e piora a qualidade de vida do paciente. A probalidade de ter dor neuropática, aumenta com a idade. Uma das causas mais comuns é o diabetes (mellitus). Até 45% dos pacientes diabéticos podem desenvolver dor neuropática.
A neuropática diabética se inicia de forma lenta e os sintomas podem se manifestar em forma de formigamentos, adormecimentos e dor. Em algumas situações o indivíduo pode sentir-se como se estivesse andando em uma cama de pregos, tornando as pequenas caminhadas muito difíceis. A dor neuropática também é freqüente no Herpes zoster (“cobreiro”) uma infecção virótica, que pode danificar o nervo e provocar uma doença chamada de neuralgia pós-herpética extremamente dolorosa e incapacitante.
Outros tipos de dores neuropáticas podem não ter uma causa definida, como acontece na neuralgia do trigêmeo, em que o paciente sente choques e fisgadas na face, semelhante à sensação de descarga elétrica.
A dor neuropática é responsável por grande sofrimento na vida do paciente. Em geral a intensidade da dor interfere no sono, impossibilitando o paciente de executar atividade simples do dia-a-adia. Esses sintomas acabam causando irritabilidade e, em alguns casos, depressão. Como os sintomas da dor neuropática são muito variáveis, a primeira providência a ser tomada é procurar orientação médica. Seu médico buscará identificar a causa da lesão do nervo que está provocando a dor neuropática.
Dr. Sebastião Amilton Pinheiro
Ortopedista
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