Publicado em 18/02/2008 14:52

Vida sim, drogas exterminador da juventude!

Sabemos que o vício, qualquer que ele seja, na maioria dos casos é uma fuga que a pessoa busca para se livrar de uma situação difícil ou contra uma carência afetiva que o leva à tristeza e até mesmo à depressão.

A droga se tornou um dos maiores flagelos da humanidade, especialmente para os jovens, que são tragados por ela. Alguém já disse que a pior de todas as destruições é a destruição do ser humano. Diante deste quadro terrível, quase universal, cabem duas perguntas: Por que se usa tanta a droga? Como vencer este problema? Sabemos que o vício, qualquer que ele seja, na maioria dos casos é uma fuga que a pessoa busca para se livrar de uma situação difícil ou contra uma carência afetiva que o leva à tristeza e até mesmo à depressão. Assim acontece não só com a droga, mas também com o álcool, a delinqüência sexual. Sei, por experiência, que a maioria dos jovens que estão doentes pelas drogas, é fruto de uma família destruída, embora haja exceções, ou que não vive em harmonia.

 

Muitos desses jovens não experimentaram o “Amor” do pai ou da mãe; muitos são filhos de mães e pais solteiros ou separados, e muitos não conheceram sequer o próprio pai ou a mãe. Já nasce órfão de pais vivos, como disse o Papa quando esteve aqui no Brasil. O primeiro lugar a se conhecer o Amor, a Experimentálo, é no Lar. Se isto não acontece, o ser humano está destinado a ver a vida como algo sem sentido. E isto gera no seu interior um enorme vazio, que será preciso preencher a qualquer custo; para muitos aí se abre o caminho para as drogas. Sem a família para dar o Amor e a educação, bem como a escola, para continuar esta missão junto com os pais, os jovens naufragam na vida.

 

Um dos jovens que passou pela Casa de Recuperação de Emaús, perguntou ao coordenador: “Vocês me tiraram as drogas, agora o que eu faço com este buraco que ficou aqui no meu peito?”. Do que foi dito acima, concluímos que a coisa do alastramento do uso das drogas, com suas terríveis conseqüências, não é o narcotráfico, mas principalmente a existência de uma multidão de jovens consumidores, gerados pela falta de um Lar bem construído. O narcotráfico não teria um campo tão grande para atuar se cada uma das nossas crianças tivesse um pai e uma mãe, dentro de uma família sólida, vivendo segundo os ensinamentos da Lei de Deus. A causa principal das drogas é, sem dúvida, a decadência moral da sociedade que já não aceita a Lei de Deus, sobretudo em relação à vida sexual.

 

A razão de toda a tragédia está naquilo que o nosso Papa tem chamado de “ameaças à família”: adultérios, separações, geração independente, mães e pais solteiros, filhos “órfãos de pais vivos”; tudo isto causado pela vivência do sexo fora do matrimônio. Esta reflexão nos abre as portas para responder a segunda pergunta. O que fazer para vencer o flagelo das drogas? A resposta é fácil de ser dada, mas é difícil de ser implementada. É preciso resgatar a vida moral da nossa sociedade. Mais importante do que atacar o narcotráfico, o que sem dúvida é imprescindível, será preciso investir pesado na formação moral e religiosa de nossos jovens, a fim de que constituam famílias sólidas, segundo o plano de Deus, a fim de que seus filhos não sejam carentes e nem abandonados, e não precisem buscar refúgios de suas carências nas drogas.

 

Em outras palavras, é preciso evangelizar as crianças, os jovens e os adultos, a fim de não cederem a uma moral fraca, laxa, que produz os divórcios e os adultérios, com o sofrimento dos filhos. Sabemos pela Revelação de Deus, que o mau moral gera sempre o mal físico e social. São Paulo diz: “O salário do pecado é a morte” (Rom 6,23). Sem essas providências difíceis, mas necessárias, quase nada poderá dar resultado no combate às drogas. Se os jovens não forem carentes não haverá usuários para as drogas. Mas para isto será necessário um mutirão de Evangelização e de Educação. Não adiantará discursos fáceis e promessas vazias.

 

Estamos diante de um enorme desafio proposto pela Igreja no Brasil: “Vida sim, droga exterminador da juventude”! Mas para vencer este desafio será preciso que todos, a começar da Igreja, façamos um Trabalho de recuperação da família. E isto não é um problema social ou financeiro; é um problema moral. Não podemos dizer que a família está destruída por causa da situação social e financeira do país. Pobreza e pobres sempre existiu em todos os tempos e lugares; e nunca uma civilização teve tantos recursos como hoje; o que falta é caráter, moral e religião verdadeira que consiste em obedecer às Leis de Deus. Não basta irmos aos efeitos do problema das drogas, é preciso ir com coragem às suas verdadeiras causas que estão no coração do homem e da mulher, que vivem hoje de costas para as Leis de Deus. E depois choram amargamente. No entanto, qualquer que seja a causa, não se pode abandonar do dependente de drogas; que a família e a sociedade busquem os meios para a sua recuperação.

 

“Não é feio ver uma pessoa adulta brincar com crianças. Os pais devem conquistar seus filhos, antes que os traficantes os conquiste. Nas horas oportunas brinque com seus filhos”.
Romeu Alves coordenador do Juventude em Ação.

 

Fonte: Jornal A VOZ

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